Se a economia vai mal em alguns setores, certamente o de turismo não é um deles. Pelo menos é isso o que revela o estudo Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem (leia aqui na íntegra), organizado pelo próprio Ministério do Turismo em parceria com a Fundação Getúlio Vargas. Conforme indica a pesquisa, a intenção de viagem do brasileiro para os próximos meses atingiu em setembro o maior percentual do ano, o que representa um crescimento de 8% se comparado ao mesmo período do ano passado.
Contrariando a expectativa dos mais pessimistas em relação à crise econômica e financeira pela qual o Brasil atravessa, de cada 100 pessoas, quase 25 disseram que pretendem fazer as malas, segundo o levantamento. E, para a alegria de quem trabalha com turismo no país, o destino será nacional. Isso porque para 80,3% dos futuros turistas o cenário natural, a rica gastronomia e as manifestações culturais brasileiras é que serão exploradas em viagens.
Paralelamente a esse cenário, engana-se quem pensa que haverá economia na hospedagem dos viajantes. Hotéis e pousadas devem ser a escolha de pelo menos 46,3% dos respondentes, que ainda preferem essa modalidade no comparativo com casas de familiares ou amigos, por exemplo. Resta saber de que maneira é que será feita a escolha por esse hotéis e pousadas e, principalmente, como é que os viajantes chegarão às melhores escolhas – já que elas serão feitas.
Apesar do contexto favorável para o mercado de turismo, existem hotéis que mantêm as taxas de ocupação abaixo do recomendado. A Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Minas Gerais estima que essa importante métrica deve manter-se entre 40% e 45%.
“Apesar do contexto favorável para o mercado de turismo, existem hotéis que mantêm as taxas de ocupação abaixo do recomendado. A Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Minas Gerais estima que essa importante métrica deve manter-se entre 40% e 45%.”
A primeira razão para esse insucesso pode parecer óbvia para quem está na gestão desse mercado, mas precisamos abordá-la: há mais concorrência, principalmente em grandes centros ou regiões essencialmente turísticas. E não existe somente mais competitividade em relação a outros hotéis, mas a formatos alternativos de hospedagem. O grande e atual exemplo disso é o Airbnb. É provável que você esteja perdendo mercado para esse novo modelo de economia de compartilhada. Mas saiba que reverter essa situação é muito possível!
Já a segunda justificativa está diretamente associada ao estilo de gestão.Renovar é preciso! Explicamos: se o seu hotel tem pelo menos cinco anos, é provável que a sua estratégia não se aplique mais atualmente. Pelo menos não daquela forma vantajosa vista inicialmente. Isso acontece, principalmente, porque mesmo os gestores mais capacitados, por vezes, são reticentes à modernização. Em linhas gerais, é preciso investir em uma tecnologia que associe gestão e vendas para que a taxa de ocupação cresça ou pelo menos mantenha-se estável em momentos de crise – que, sabemos, são cíclicas.
Entendido o contexto, agora é hora de traçar um plano de ação! Veja as nossas recomendações práticas para elevar a taxa de ocupação e não culpar a economia em caso de desempenhos ruins:
Esteja no Google Negócios
É simples, mas dá resultado: cadastre o seu hotel no Google Negócios. Assim, sempre que digitarem a sua marca no campo de busca, irá aparecer as principais informações dela: site, como chegar, número de estrelas, endereço, telefone, comodidades, reviews e… tcharam!
Possibilidade de reservar a partir de alguma OTA, caso você estiver presente em uma delas. Não se sabe até quando o Google vai funcionar apenas como um dos tantos metasearches, mas enquanto ele não virar uma agência online, aproveite os benefícios.
Esteja em todos os canais possíveis
Hotéis que estão à margem do ambiente online dependem demasiadamente de agências de turismo. Essas, além de cobrarem comissão elevadíssima (em torno de 25% das diárias), são cada vez menos procuradas pelos viajantes, que preferem informar-se a partir de ferramentas como o TripAdvisor e, a partir daí, atuarem de forma mais ativa e menos passiva na definição de destinos, deslocamentos e, claro, hospedagem em suas viagens. Isso sem falar na própria Booking.com, que funciona como aglutinador de hotéis e, claro, uma das principais OTAs para quem deseja manter-se competitivo.
Deixe as agências repassarem apenas os clientes-empresas, que ainda usam desse serviço para organizarem as viagens dos funcionários, ainda que, saiba, você pode facilmente criar um relacionamento direto com empresas por meio de ferramentas de marketing e evitar cada vez mais as taxas de comissão.
Dito isso, tenha atenção com os canais terceirizados de reservas! As online travel agencies são, ao mesmo tempo, parceiras e concorrentes dos hotéis – por mais que isso soe paradoxal. Você deve utilizar esses canais online como vitrine, porque eles inspiram confiança e, mais do que isso, são práticos aos consumidores. Não há dúvida que você deve estar em todas as OTAs possíveis e manter bom relacionamento com agências, pois isso garante, muitas vezes, sua taxa de ocupação. Porém, é necessário ir além!
Trabalhe pelas vendas diretas
O seu hotel tem de ser melhor que a Booking.com ou qualquer outra OTA: precisa ter um sistema igualmente estável de reservas, apresentar todas as informações e imagens possíveis e, claro, ter bom preço. Invista em uma site que seja visualmente atrativo, fácil de usar, com motor de reservas integrado ao CRS.
Em resumo, você deve fazer com que o viajante reserve diretamente do seu site. Porque, se depender da quantidade ínfima de dados disponibilizadas pelas OTAs, nenhuma ação de marketing a fim de fidelizar clientes vai ser possível.
Falando em reter hóspedes, dispor de uma ferramenta que possibilite a criação de programas de fidelidade e relacionamento automatizado por email faz com que a taxa de ocupação de seu hotel seja maior e o custo de aquisição de clientes (CAC) seja menor. A lista de contatos de quem já se hospedou com você e, principalmente, teve uma ótima experiência, é o maior bem de um hotel e um que pode trazer lucro com pouco esforço após a implementação de um sistema inteligente.
Organize tudo isso
Estar em muitos canais, além de necessário, é complexo, nós sabemos. Por si só, o front hoteleiro já dá bastante trabalho. Manter disponibilidade e conteúdo (foto, descrição de quartos) em todos os canais online é complexo e trabalhoso. Então é nesse momento que a tecnologia deve entrar: para organizar toda a ‘bagunça’ e garantir taxas de ocupação elevadas com boa tarifa média diária na maior parte do tempo.
São exemplos de ferramentas: motor de reservas (sistema de venda online direta no seu próprio site), channel manager (gerenciador de canais online, como Booking, Decolar e Hoteis.com) e PMS (sistema de gestão) integrados, CRS online e atualizada e integrada com todos os canais de entrada e saída.
Em outras palavras, a conexão entre todas as ferramentas do seu hotel é o que trará maior agilidade na gestão e inteligência na precificação e distribuição para estar sempre competitivo e disponível online para os clientes. Uma solução unificada é a maneira mais moderna e efetiva se se fazer isso hoje.
Compartilhe essa ideia!
Deixe um comentário